A Sibipiruna do meu jardim

As árvores foram derrubadas uma a uma.

Começou bem cedo. As serras gritavam e nossos corações sentiram o baque e o estrondo arrebentando tudo.

Dor e o som da beleza viva que se parte e morre diante de nós.

Fortaleza tombada 

Falecida

Tudo passa

morre

desvanece

desaparece

some

vira pó

se transforma 

em fogo e sentença

causa e presença

emudece

escurece

acaba

vira lágrima

seca 

renasce

A orquídea branca nasceu.

Outra orquídea branca cresceu

Brotou

Fecundou meu ser

De novo a vida 

despertou

Ficou

O perfume da sibipiruna